Sérgio Marra
Quando vemos que os vereadores deixam de cumprir suas obrigações para "brigarem" por aprovar a Emenda Impositiva fica claro que o mandato é um balcão de negócios.
"Emendas parlamentares visam alimentar o jogo eleitoreiro de manter prefeitos reféns de deputados e senadores, desvirtuam completamente o papel do Legislativo e abrem margens enormes para todo tipo de desvios de recursos do contribuinte", escreveu Cleber Toledo.
E está certo, sabemos que existe a tal "comissão" que prefeitos pagam ao parlamentar que lhes destinam uma emenda. Conta-se que no Tocantins existe um político que é conhecido com "Trintinha". Isso, enquanto alguns podem cobrar até 20% do recurso destinado, esse político cobra 30% de toda emenda que destina aos municípios.
Agora transpondo para a Capital, as emendas dos vereadores serão destinadas a associações, ou para uma determinada obra, que será decidida pelo parlamentar. Ora, já vimos isso bem aqui em Palmas, superfaturamento em obras executadas que foram indicadas por vereadores. Como nesse caso eram vereadores da base, a oposição agora também quer sua parte, por isso a Emenda Impositiva.
Se aprovada será 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano anterior, ou seja, a estimativa da RCL deste ano é de R$ 963.386.755, significa que os parlamentares teriam R$ 11.560.641,06, ou R$ 608.454,79 cada um dos 19. É esse valor (R$ 608 mil) que os vereadores estão de olho.
E por causa desse dinheiro até vereadores da base do prefeito Amastha o trairam, votando no projeto da oposição. Foram eles: Felipe Martins (PSC), Marilon Barbosa (PSB), Etinho Nordeste (PTB) e Jucelino Rodrigues (PTC) e Vanda Monteiro (PSL).
O argumento da oposição para atrair os votos de vereadores da base deve ter sido muito simples, já que eles se conhecem muito bem e sabem o que realmente querem os "nobres" parlamentares, bastou gritar pelos corredores da Câmara Municipal de Palmas, "quem quer dinheiro?"
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